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Pesquisadores desenvolvem tratamento inovador e mais confortável para candidíase

A candidíase causada por fungos, afeta três quartos das mulheres em algum momento de suas vidas. Os testes in vitro mostraram resultados promissores. Veja detalhes

Próximo passo será a realização de estudos clínicos para avaliar a eficácia
Próximo passo será a realização de estudos clínicos para avaliar a eficácia - Canva/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 08/01/2024, às 18h33

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Os cientistas do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (DQ-UFSCar) conquistaram avanços significativos no tratamento da candidíase vulvovaginal, uma das infecções genitais femininas mais comuns.

A equipe, em colaboração com pesquisadores da Universidade do Porto (Portugal), desenvolveu uma esponja biodegradável feita de quitosana, um biopolímero natural, para proporcionar um tratamento mais confortável e eficaz.

A candidíase vulvovaginal, causada por fungos, afeta três quartos das mulheres em algum momento de suas vidas, apresentando sintomas incômodos como ardência, coceira, inchaço, vermelhidão e corrimento vaginal branco e espesso. Os tratamentos convencionais, como cremes e supositórios intravaginais, nem sempre são confortáveis e podem ter a eficácia comprometida por aplicação inadequada.

Próximo passo será a realização de estudos clínicos para avaliar a eficácia

A inovação da esponja de quitosana reside na sua capacidade de liberar o medicamento gradualmente, oferecendo uma alternativa mais confortável ao tratamento. A pesquisadora do DQ-UFSCar e primeira autora do estudo, Fiama Martins, explicou que a esponja interage com o ambiente e o fluido vaginal, absorvendo líquidos e favorecendo a liberação de antifúngicos.

O grupo encapsulou o clotrimazol, um fármaco amplamente utilizado no tratamento da candidíase, na forma de gel e creme. Os testes in vitro mostraram resultados promissores, com a esponja de quitosana revelando eficácia comparável ao uso direto do fármaco.

Fiama enfatizou que a esponja forma uma película gelatinosa que adere nas paredes vaginais, permanecendo retida por mais tempo e aumentando a eficácia do tratamento. Ao contrário dos cremes, que podem ser removidos pela gravidade, a esponja mantém o medicamento no canal vaginal.

O próximo passo será a realização de estudos clínicos para avaliar a eficácia e segurança desse material inovador. Não há uma previsão para a introdução do produto no mercado, mas os resultados iniciais são promissores para a evolução no tratamento da candidíase vulvovaginal.

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